sábado, 16 de outubro de 2010

Que insistência esse seu olhar
insiste em vigiar-me, rodear meus passos
policiar-me.
quisera eu arriscar-me um pouco mais
caminhar um pouco mais,
seu olhar me limita
me constrange
me inibi
respiro cansada.
o ar fugia pela janela do carro
o peso do calor me sufoca
abro a porta e corro
sem destino pelas ruas vazias da cidade
você não me segue
não, não há ninguem atraz de mim
por que continuo sentido o teu olhar?
ele impregnou-se em mim
cercando  e me constrangendo
mesmo quando não podes mais me ver.

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