sábado, 17 de julho de 2010

sem título

meus olhos percorrem as ruas da cidade
almas perâmbulam por elas, perdidas nos seus corpos viventes
indecivas, vulneráveis, aflitas por socorro
minha boca deveria pronunciar palavras de alento
minha mão deveria alcançá-las
o pedido de socorro ecoa no ar
grita desassossegado dentro de mim
o convencional já não resolve
elas já não ouvem
muitas vozes maiores que a minha ecoam nas ruas,
telas amplas e pequenas trazem respostas rápidas e vazias
o pedido de socorro é silenciado por alguns momentos para alguns
mas sempre tem almas morimbundas vagando 
aflitas sem resposta, sem alento
penso em responder
será que tenho as respostas certas?
não seriam minhas respostas convencionais demais?
não seriam óbvias demais?
quando me percebo no contexto
estou caminhando na rua vazia. 

2 comentários:

  1. Enquanto as ruas da cidade estão repletas de almas
    A minha alma vagante
    Se queda vazia
    Por dentro.


    P.S. : Vou ficar seguindo este recanto poético.
    Abçs,

    Levi B. Santos

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