quarta-feira, 18 de agosto de 2010

frio

vai passando devagar o tempo,
faz frio, meus pêlos arrepiados e meus pés gelados denunciam.
esfrego as mãos procurando tirar de dentro de mim algum calor
penso num chá quente, é tarde, congelo-me.
minhas mãos esfregam o corpo buscando calor....
a maciez do cobertor poderia resolver, reluto.
o tempo mesmo devagar vai passando
me levantaria da inércia congelante
estimulada pela sua mão estendida
mas ela não está diante de mim
congelo-me ofegante pensando no calor do seu abraço
o toque insistente do celular me desafia
o enterro embaixo do travesseiro
desisto dele.
cansam-se palavras vazias,
melhor não ouvi-las.
o frio insiste assobiando na janela
ouço um buzina
falta-me coragem de levantar
congelei-me
a buzina insiste,
vagarosamente alcanço a janela.
pela vidraça vejo
o calor chegou.

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