quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Insônia

Vai amanhecendo devagar, o sol entra cuidadoso pela janela
Temeroso em acordar-me, espreguiça-se silencioso.
Já me encontro em alerta,
minha alma inquieta despertou, antecipando-se,
O sono foi embora ainda escuro,
deixou-me como quem deixa um amor que acabou
Envolvida nos braços macios do cobertor, insisto.
Doe-me os ossos.
O sol acaricia meu rosto, reluto.
Porque insistir em algo que se foi,
Porque lutar, perdeu-se.
Pensamentos substituiram o sono,
revezam-se a anos, brigam entre si,
disputam favores, preferências.
Sem favoritismo sigo dividindo a noite.
E repartindo o dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário